Vestígios de sangue foram encontrados dentro do veículo que pertence ao capitão Alisson Wattson, preso pelo assassinato da estudante de Direito Camilla Abreu, 21 anos, que era sua namorada. O veículo - um corola azul 2010 - foi apreendido pela Delegacia de Homicídios, que investiga o caso.
O diretor da perícia cientifica do Instituto Criminalística, Antônio Nunes, informou que peritos de Timon, no Maranhão, ajudaram nas análises com luz forense na noite desta quarta-feira (1º).
De acordo Antônio Nunes o laudo da perícia realizada no veículo ainda está em fase de produção, mas já é possível afirmar a descoberta com base nas análises feitas com luz forense.
“Dentro do carro a gente conseguiu positividade para sangue mas a dinâmica em si vamos preservar pois há laudos ainda sendo construídos”, declarou Antônio Nunes.
Ainda segundo o diretor, não foi respondido se o crime foi fora ou dentro do carro. Segundo o laudo cadavérico concluído e entregue à Polícia, o tiro veio da frente para trás, da direita para a esquerda e de cima para baixo. Não havia sinal de tiro a queima roupa, mas ainda não há confirmação de onde o tiro foi efetuado.
O banco do veículo ainda será analisado e outros testes ainda devem ser realizados na próxima sexta-feira (03).
Não houve estupro
O último exame realizado com material vaginal recolhido da jovem comprovou que não foi encontrado nenhum sinal no corpo de Camilla, que corrobore para a tese de que ela tenha sido estuprada antes de ser morta.
“Falta ser feito o teste para detectar se houve relação sexual onde nós podemos detectar esperma. Caso encontremos, será uma relação sexual consentida. Não houve violência sexual”, concluiu.
CAPITÃO CONFESSA QUE MATOU
Em entrevista coletiva realizada na secretaria estadual de Segurança Pública, o coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Baretta, informou que o capitão da Polícia Militar, Allisson Watson, 37 anos, confessou o assassinato da namorada Camilla Abreu, 21 anos.
Em depoimento, o capitão tentou desqualificar a estudante, disse que o crime foi motivado por ciúme e alegou que o disparo que atingiu a jovem foi acidental. No entanto, o delegado Baretta assegurou que a Polícia Civil não acredita na versão do PM.
O delegado relatou que Camilla foi assassinada entre 2h e 3h da madrugada de quinta-feira (26). “Às 20h o capitão foi deixar Camilla na faculdade, às 22h foi para o Bar da Brahma, os casal e uma amiga, às 1h:45min foram deixar a amiga em casa e depois Camilla não foi mais vista. O crime aconteceu em um mirante que fica na usina Santana”, informa Baretta.
O delegado geral Riedel Batista esclarece que o crime caracteriza feminicídio no entanto, como houve ocultação de cadáver, o inquérito vai ser concluído na Delegacia de Homicídios.
O secretário estadual de Segurança Pública, Fábio Abreu, garante que o capitão será punido de forma rigorosa. Abreu, que também é capitão da PM, defende, ainda, a expulsão de Alisson Watson dos quadros da Polícia Militar.
O capitão Alisson está detido no presídio militar. A corregedoria da PM garante que, após a finalização do inquérito da Polícia Civil, irá instaurar procedimento administrativo disciplinar contra o oficial.
Fonte: Tv Cidade Verde
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