Dos 14 mandados judiciais da
força-tarefa deflagrada nesta terça-feira (5), através da Operação
Fantôme, que envolveu a Polícia Federal, a Secretaria de Previdência e o
Ministério Público Federal (MPF), dois foram de prisão preventiva – um
deles foi cumprido contra o bancário Anderson Morroe, do Banco do
Brasil, preso em Timbiras e levado para a sede da Polícia Federal em
Caxias. O outro mandado era contra a ex-esposa dele, que foi presa em
Codó.
Em Timbiras a Polícia Federal passou as
primeiras horas da manhã na casa de Anderson Morroe. Conforme a PF, ele é
suspeito de liderar um esquema fraudulento, que concedia benefícios de
Amparo Social ao Idoso e à pessoas fictícias, além do recebimento
indevido de benefícios previdenciários, após o falecimento do titular.
Na residência de Morroe a apreendeu
ainda dois carros, um deles de luxo, um Ford Fusion, placas PIT 9090.
Ainda naquela cidade, os policiais também visitaram a sede de uma
empresa do ramo de construção, que pertence ao suspeito; no local, um
trator foi apreendido. A suspeita é de que tudo isso seja fruto da
lavagem do dinheiro conseguido no esquema fraudulento.
OPERAÇÃO
O Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) suspendeu o pagamento de 109 benefícios, submetendo-os a
procedimento de auditoria. Suspeita-se que tais benefícios façam parte
de um esquema de fraude previdenciária que causou prejuízo de R$ 10
milhões à instituição.
A força-tarefa deflagrou na manhã desta
terça-feira a Operação Fantôme, com a finalidade de reprimir crimes
previdenciários. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados judiciais: dois de
prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, além do sequestro de bens
imóveis e de veículos em poder dos principais investigados.
Segundo a Polícia Federal, as
investigações começaram em 2012. Os criminosos falsificavam documentos
públicos para receber benefícios de Amparo Social ao Idoso. Os
pagamentos eram feitos a pessoas fictícias, daí o nome da operação,
Fantôme, fantasma em francês. Além de criar beneficiários fantasmas, o
grupo recebia indevidamente benefícios previdenciários após o
falecimento do segurado.
A organização criminosa contava com o
apoio de um funcionário de uma instituição bancária em Timbiras, no
Maranhão, e outro da agência dos Correios em Codó, no mesmo. Eles eram
responsáveis pela abertura de contas correntes, realização da prova de
vida e renovação de senha bancária. Fazia parte, ainda, um servidor do
INSS, atualmente aposentado, além de intermediários e agenciadores.
Os investigados presos serão indiciados
pelos crimes de estelionato previdenciário, organização criminosa e
lavagem de capitais. A operação foi realizada nas cidades de Codó,
Timbiras, Coroatá, Presidente Dutra e São Luis, no Maranhão, e em
Teresina, capital piauiense.
com informações da Polícia Federal
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